Postagens

Mostrando postagens de junho, 2018

O escritor e o amor (texto de 2015)

Imagem
“Sentar E ver o mar quebrar. Poder te abraçar E antes de deitar Imaginar como vai ser Quando eu te encontrar Velhinha no sofá, Cabelos de algodão E mil histórias pra cantar...” Sabe, às vezes acho engraçado ser escritor. Quando comecei a escrever, há anos, eu escrevia nas madrugadas para aproveitar o seu silêncio ensurdecedor e porque, para mim, não há nada mais inspirador do que os barulhos noturnos de grilos, móveis estralando, um caminhão solitário passando na avenida e o próprio silêncio, a calma, a paz. É engraçado por que eu escrevia de madrugada, mas com o pensamento de que eu só estava fazendo aquilo e àquela hora porque eu não tinha mais nada para fazer. Sabe de nada, inocente! Hoje eu tenho o que fazer e continuo escrevendo de madrugada. Desde a época da escola, quando descobri dentro de mim esse dom — sim, porque isso é um dom e eu descobri isso ao longo dos anos —, escrevo de tudo, mas, se pegarmos todos os meus desabafos, con