No fundo, somos todos sós


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É como diria a música do Teatro Mágico: “no fundo, somos todos sós”. E não tem nada mais verdadeiro do que isso. Ultimamente tenho pensado muito em como pessoas vêm e vão; entram e saem das nossas vidas. Não pedem licença quando chegam, não se despedem quando nos deixam. Apenas vão. Trocam de amigos, e nós, que éramos tudo, viramos nada. Uma página virada. No português “bem dizido”: se vira, e arruma alguém para conversar, porque eu estou caindo fora!

Gabriel o Pensador já dizia em seus versos, na música Tás a Ver: “A solidão apavora, mas a nova amizade encoraja / E é por isso que a gente viaja / Procurando um reencontro uma descoberta / Que compense a nossa mais recente despedida”. Um tremendo tapa na nossa cara. Estamos constantemente nos despedindo. Seja de amigos, colegas, namorados ou namoradas. E assim o ciclo continua infinitamente.

Pouca gente chega e fica de verdade. Pouquíssimas pessoas. Dizem que o número não passa dos dedos de uma mão. Está em dúvida? Faça o teste! Quantos “amigos” você tem no Facebook? Quantos seguidores no Instagram? Com quantos você fala diariamente ou semanalmente? Ou quem sabe ao menos uma ou duas vezes por mês (ou por ano)? Surpreendente, não é mesmo?

Olhe bem ao seu redor, e veja o tanto de gente que só fala com você se te ver passando na rua, ou enquanto são colegas no trabalho ou na faculdade, pelo simples fato de que enquanto você está ali, você é útil, seja para uma atividade, uma companhia para almoçar ou simplesmente conversar. É duro, mas é a realidade. Esses seus relacionamentos têm um prazo de validade. Alguns são falsos de verdade, outros não, mas sabemos que irá acabar mesmo assim.

No fundo, somos todos sós. Pessoas podem te mandar mensagem quando um parente seu morre, mas somente VOCÊ irá sentir a dor! Alguns podem tentar te consolar em um término de namoro, noivado ou casamento, mas somente VOCÊ irá realmente saber e sentir a falta que aquela pessoa faz.
Precisamos ter isso em mente, e não esperar demais das pessoas. É um método para não se decepcionar com elas.


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