Não leve a vida tão a sério (Hugh Prather) – Resenha
Em 2022, faz 15 anos que sou
leitor. Comecei devorando todos os suspenses que eu encontrava nas bibliotecas –
isso graças a uma professora que leu um conto de Sherlock Holmes em duas aulas de
literatura quando eu estava na 8ª série e despertou meu interesse pela leitura.
Há 10 anos, eu realmente nem
olharia para “Não leve a vida tão a sério”. Sempre disse que não gosto de
autoajuda (e não gosto mesmo, mas...) e que nunca leria um livro desses, mas é
como diz o ditado: nunca diga nunca. E cá estou eu, mordendo a própria língua.
Realmente, autoajuda não é meu
estilo favorito, mas a vida é feita de fases, e, às vezes, alguns livros caem
bem em determinado momento que estamos vivendo. Esporadicamente, tenho lido um
ou outro livro desses, como “O Monge e o Executivo” ou “A sutil arte de ligar o
f*da-se” (ótimo livros, por sinal).
E agora chegou a vez de “Não
leve a vida tão a sério”, de Hugh Prather. Este livro é de 2004, então não
trata do tema internet. Tampouco é um manual milagroso para vivermos uma vida
zen e sem estresse (e não se vende como tal).
Ainda assim, traz coisas muito
interessantes, principalmente para quem já tem um estilo de vida mais calmo,
como é o meu caso. Diria que é um bom complemento. Aqui o autor ilustra, com
passagens de sua vida, momentos em que podemos agir diferente e como isso leva
um tempo de aperfeiçoamento pessoal. Também mostra que, por vezes, sem querer,
explodimos e nem ao menos sabemos o porquê. A famosa “gota d’água”...
No decorrer das 123 páginas
(outra coisa que gostei no livro: ele não é enorme como outros do gênero, não
enrola, não se estende mais do que o necessário), o(a) leitor(a) vai pegando
vários insights de coisas que acontecem no nosso próprio cotidiano e que podemos
agir de maneira diferente.
Não levar a vida tão a sério é
como dar um salto de fé (spoiler das últimas palavras do livro), e o autor nos
convida a isso nos comparando às crianças, que riem, em média, cerca de 35
vezes ao dia enquanto nós, adultos, apenas duas vezes. Isso porque elas vivem
plenamente os momentos de felicidade, enquanto nós estamos preocupados com o
que virá depois, com o que os outros vão pensar, e tantas outras coisas.
Então, o ponto-chave aqui é:
aproveitar os momentos felizes e mentalizar que os momentos ruins passarão,
porque tudo passa, e se não fizermos das dificuldades que surgem no nosso cotidiano
uma tempestade, será simplesmente mais fácil lidarmos com elas.
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