Querido Diário
Querido diário digital, tudo bem com você? Eu sei que é estranho um garoto da minha idade escrever em um diário, mas digamos que essa é uma super-exceção. Sabe o que é? É que eu não tenho liberdade para falar sobre esse assunto com meus amigos, além de não querer. Eu acho isso meio pessoal, se é que você me entende... Juro que não vou demorar muito e ah, essa ideia de diário digital é ótima! É só abrir o Word e mandar ver. Então lá vou eu...
Meu caro computador, sei que você não vai responder às minhas perguntas, mas será que...? Ai que vergonha! (risos). Nunca conversei esse assunto com ninguém, de forma que você é o primeiro e talvez o único. Tá curioso, não é? Está bem, eu vou parar de enrolar.
É uma garota (oooooh). Sim, uma garota. E a cada dia que passa, para mim, ela vai se tornando a garota. A gente faz curso junto e nos vemos uma vez por semana. As duas vezes em que ela faltou, senti muito a falta dela; bateu saudades. Será que isso é um sinal?
O engraçado é que a gente estudava na mesma sala e não tínhamos nos falado ainda, até uma certa vez em que nos encontramos no bebedouro. Eu estava conversando com uma amiga quando ela chegou e eu, automaticamente, já falei com ela; foi bacana. O primeiro sorriso que ela me deu naquele dia foi marcante e posso garantir que está gravado na minha memória. Adoro o sorriso dela, acho muito lindo.
Daí a gente se enturmou já de primeira no intervalo e nos separamos novamente na sala. Na saída eu a vi a caminho do ponto de ônibus e decidi fazer companhia. Foi muito legal! Eu simplesmente adorei! Pena que os quinze minutos que passamos ali voaram e logo ela teve que ir embora.
Ela é uma menininha muito estilosa e eu adoro o jeito: simpática, sorridente, bom gosto para músicas... Ah, ela é sensacional! Suas roupas a deixam mais bela e de um jeito único.
Quando estou ao lado dela, me sinto bem. Aliás, muito bem... O que é isso? Queria muito descobrir. Só sei que ela me passa uma ótima sensação quando estamos perto. Sei lá, eu não consigo explicar.
Mal posso esperar para vê-la novamente! E enquanto isso não acontece, vou lembrar dela de outra forma: uma música.
“Por Enquanto – Cássia Eller”
Um dia cantamos juntos essa música. Brisamos, isso é verdade, mas foi legal. Além disso, falei para ela que ia lembrar dela todas as vezes que eu escutasse essa música e, realmente, isso tem acontecido.
“E quando penso em alguém só penso em você...”
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