A música e o coração

Uma música relaxante — como a que estou ouvindo agora — te inspira a escrever. Não só a escrever, mas a pensar na vida; ela é daquelas que te convida a fechar os olhos e se desligar do mundo ao curtir a melodia suave que sai dos fones e vai direto para a mente e para o coração. E por falar em coração, ele, juntamente com as músicas, são o tema dessa crônica.

Na mesma proporção em que uma música relaxante — como a que eu estava ouvindo, pois ela já acabou — te inspira a escrever e a pensar na vida, uma música romântica te inspira a pensar em determinada pessoa. Não há nenhuma novidade para nós em afirmar que música marca, não é? Pessoas, lugares, momentos bons e ruins... Mas as maiores lembranças são de fato as do coração, as que lembram um amor.


A música que tocava no momento em que vocês se conheceram ou se beijaram pela primeira vez; uma música em comum que os dois gostam demais; ou aquela música cuja letra e melodia, de uma forma que você não sabe explicar, te faz lembrar aquela pessoa que se ama ou que já amou um dia...

Enfim, esses foram só alguns exemplos de como uma música pode se tornar tão especial para uma pessoa lembrar-se da outra que está distante ou para um casal fortalecer seus laços. Ela é poderosa! Oh, se é! Creio eu que todos já tiveram em sua vida pelo menos uma música que marcou, aquela que aperta o peito toda vez em que a escuta, independente de ser uma lembrança boa ou ruim, amorosa ou qualquer outra.

Tem pessoas que sofrem horrores ao ouvir uma canção que marcou um relacionamento que não existe mais. Choram, sentem a dor de não ter mais aquela pessoa ao seu lado. E essa é uma situação realmente complicada, pois outra pessoa nunca vai saber o que estamos sentindo de verdade e mesmo que desabafemos com alguém, quem está te escutando vai sentir apenas um pouco da sua dor. Enquanto isso tem pessoas que sorriem horrores ao ouvir uma canção que está marcando seu relacionamento atual. Ela não percebe, mas sorri e se pega pensando nele toda vez que escuta aquela que eles chamam de nossa música. Ele não percebe, mas sorri e se pega pensando nela quando ouve uma cuja letra tem tudo a ver com ela.

Mas o que não podemos esquecer é que os que hoje choram ao ouvir uma música, há algum tempo já sorriram e os que hoje sorriem, há algum tempo já choraram. É a gangorra da vida, onde uma hora você está em alta e em outra se está em baixa. E a única coisa que podemos fazer é viver intensamente a vida, aproveitar cada momento como se não houvesse amanhã, pois cada momento é único. Temos que sorrir, temos que chorar, amar, perdoar e mais um monte de verbos terminados em ar. Essa é a vida, meus amigos. E como diria Lulu...


Vamos viver tudo o que há pra viver. Vamos nos permitir!

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