O Enfermeiro e a Paciente
Ai caramba, de novo não!
--- Mãããããããe. Eu “tô” passando mal, mãe. Me leva para o hospital, por favor!
Pois é, foi assim que começou aquele dia em que eu conheci essa praga na minha vida que é o Lucas! O Lucas é um enfermeiro que me viu durante cinco dias seguidos quando eu adquiri uma doença que nem eu, nem o doutor, nem ninguém descobriu até hoje. Eu estava bem, quando de repente eu caía ou vomitava, sei lá! Muito estranha! E não deu outra, todos os dias eu estava lá, mas o que quero contar, primeiramente, aconteceu no primeiro dia.
E lá estava eu, após passar no consultório do Rômulo, esperando o(a) enfermeiro(a) me chamar para tomar um lindíssimo soro com Buscopan na veia (naquele dia eu estava com muita dor!). Fui irônica agora não é? Eu já estava cochilando (de tanto esperar...) quando o cidadão me chama:
--- Camilaaa!!!
Juro que quase respondi assim:
--- Com um grito desse, meu filho, você acorda até os mortos!
Mas eu deixei para lá. Resolvi não me estressar mais do que aquilo. O pior de tudo: não deu jeito! “Se liga” no diálogo:
--- Olá moça, tudo bem?
A vontade era de responder: “Nããão!”
--- Mais ou menos, apenas uma dorzinha básica.
Ele não havia olhado no meu rosto ainda, e quando isso aconteceu... (mas porque isso foi acontecer?).
--- Nossa! Você não é aquela menina lá da festinha do Rafael?
--- Ham... Não!
--- Lógico que era você. Num foi com você que eu “fiquei” aquele dia? Foi sim, foi você!
--- Ah, você tem certeza?
--- Tenho sim! Certeza absoluta.
--- Mas não foi eu não, meu anjo.
Para quê que eu fui falar “meu anjo” ?
--- Claro que foi você! Você me disse isso lá. Não lembra?
--- Meu filho, não foi eu não, caramba!
Bom, por lei, as Camilas já são nervosas, complicadas, enfim... Mas eu sou pior! (modéstia à parte). E aquele moleque não me conhecia. Não me conhecia mesmo.
--- “Ow”, dá para acertar logo minha veia aí?
--- Calma aí meu amor. Você está muito nervoso, se acalma!
--- Eu? Eu não estou nervosa.
Mentira, eu estava sim. Morro de medo de agulha.
--- “Tá” sim.
--- Num “tô” não.
--- “Tá” sim.
--- Num “tô” não.
É, já deu para perceber que a gente se deu bem, não é? Foi assim os cinco dias. Embora fosse causas diferentes, todos os dias eu ia tomar alguma coisa na veia. Aff! E ele me disse que iria sair na próxima semana, pois havia arrumado um emprego melhor. Aí eu pensei e (juro!) quase falei: “Porque não fiquei doente na próxima semana? Oh meu Deus!”. Daí ele pegou meu MSN, Orkut, Facebook, telefone... Na hora tive uma ligeira impressão de que ele iria ficar me perseguindo. Sei lá, foi apenas uma intuição.
E o pior é que a minha intuição estava certa! Pensa num rapaz lindo, mas chato (muito chato) é esse Lucas! Se ele não fosse tão chato, até poderia rolar uma química entre nós, mas não dá mesmo. O moleque me liga; se não atendo ela manda mensagem. Aí eu não respondo a mensagem e ele vai mandar recado em todas as redes Sociais. Ai como isso me irrita!
Tudo bem que essa não é culpa dele, mas tamanha é a “zica” de ele estar no lugar certo na hora errada que... Por favor, isso são fatos verídicos!
Vou contar: em um belo dia de domingo eu e a minha mãe fomos ao mercado comprar ingredientes para fazermos aquela carne de panela (Hummm...). De repente, quando chegamos no açougue, quem estava lá? O Lucas, é claro! Ele saiu de seu uniforme para me dar um abraço que eu não deixei. O engraçado é que ele olhou com uma carinha tão bonitinha que deu dó dele. Aí eu disse:
--- Tá bom, pelo menos o beijinho no rosto... Com a mão para trás, por favor.
Ele riu, mas só me deu o beijinho mesmo. Daquele dia em diante, nunca mais entrei naquele super-mercado. Pelo menos ele me provou que era trabalhador: num sei se era ele o melhor emprego que me falou, mas ele foi de enfermeiro a açougueiro em alguns dias...
Já estou terminando meu pequeno (pequeno?) relato, mas antes tenho que dizer que... ele é muito chato! Aaaahhh, eu vou dar uns tiros nele! Pronto, agora que desabafei, é melhor eu ir né? Vai que ele aparece aqui enquanto eu... O quê?
--- O que você está fazendo aqui, Lucas?
--- Mãããããããe. Eu “tô” passando mal, mãe. Me leva para o hospital, por favor!
Pois é, foi assim que começou aquele dia em que eu conheci essa praga na minha vida que é o Lucas! O Lucas é um enfermeiro que me viu durante cinco dias seguidos quando eu adquiri uma doença que nem eu, nem o doutor, nem ninguém descobriu até hoje. Eu estava bem, quando de repente eu caía ou vomitava, sei lá! Muito estranha! E não deu outra, todos os dias eu estava lá, mas o que quero contar, primeiramente, aconteceu no primeiro dia.
E lá estava eu, após passar no consultório do Rômulo, esperando o(a) enfermeiro(a) me chamar para tomar um lindíssimo soro com Buscopan na veia (naquele dia eu estava com muita dor!). Fui irônica agora não é? Eu já estava cochilando (de tanto esperar...) quando o cidadão me chama:
--- Camilaaa!!!
Juro que quase respondi assim:
--- Com um grito desse, meu filho, você acorda até os mortos!
Mas eu deixei para lá. Resolvi não me estressar mais do que aquilo. O pior de tudo: não deu jeito! “Se liga” no diálogo:
--- Olá moça, tudo bem?
A vontade era de responder: “Nããão!”
--- Mais ou menos, apenas uma dorzinha básica.
Ele não havia olhado no meu rosto ainda, e quando isso aconteceu... (mas porque isso foi acontecer?).
--- Nossa! Você não é aquela menina lá da festinha do Rafael?
--- Ham... Não!
--- Lógico que era você. Num foi com você que eu “fiquei” aquele dia? Foi sim, foi você!
--- Ah, você tem certeza?
--- Tenho sim! Certeza absoluta.
--- Mas não foi eu não, meu anjo.
Para quê que eu fui falar “meu anjo” ?
--- Claro que foi você! Você me disse isso lá. Não lembra?
--- Meu filho, não foi eu não, caramba!
Bom, por lei, as Camilas já são nervosas, complicadas, enfim... Mas eu sou pior! (modéstia à parte). E aquele moleque não me conhecia. Não me conhecia mesmo.
--- “Ow”, dá para acertar logo minha veia aí?
--- Calma aí meu amor. Você está muito nervoso, se acalma!
--- Eu? Eu não estou nervosa.
Mentira, eu estava sim. Morro de medo de agulha.
--- “Tá” sim.
--- Num “tô” não.
--- “Tá” sim.
--- Num “tô” não.
É, já deu para perceber que a gente se deu bem, não é? Foi assim os cinco dias. Embora fosse causas diferentes, todos os dias eu ia tomar alguma coisa na veia. Aff! E ele me disse que iria sair na próxima semana, pois havia arrumado um emprego melhor. Aí eu pensei e (juro!) quase falei: “Porque não fiquei doente na próxima semana? Oh meu Deus!”. Daí ele pegou meu MSN, Orkut, Facebook, telefone... Na hora tive uma ligeira impressão de que ele iria ficar me perseguindo. Sei lá, foi apenas uma intuição.
E o pior é que a minha intuição estava certa! Pensa num rapaz lindo, mas chato (muito chato) é esse Lucas! Se ele não fosse tão chato, até poderia rolar uma química entre nós, mas não dá mesmo. O moleque me liga; se não atendo ela manda mensagem. Aí eu não respondo a mensagem e ele vai mandar recado em todas as redes Sociais. Ai como isso me irrita!
Tudo bem que essa não é culpa dele, mas tamanha é a “zica” de ele estar no lugar certo na hora errada que... Por favor, isso são fatos verídicos!
Vou contar: em um belo dia de domingo eu e a minha mãe fomos ao mercado comprar ingredientes para fazermos aquela carne de panela (Hummm...). De repente, quando chegamos no açougue, quem estava lá? O Lucas, é claro! Ele saiu de seu uniforme para me dar um abraço que eu não deixei. O engraçado é que ele olhou com uma carinha tão bonitinha que deu dó dele. Aí eu disse:
--- Tá bom, pelo menos o beijinho no rosto... Com a mão para trás, por favor.
Ele riu, mas só me deu o beijinho mesmo. Daquele dia em diante, nunca mais entrei naquele super-mercado. Pelo menos ele me provou que era trabalhador: num sei se era ele o melhor emprego que me falou, mas ele foi de enfermeiro a açougueiro em alguns dias...
Já estou terminando meu pequeno (pequeno?) relato, mas antes tenho que dizer que... ele é muito chato! Aaaahhh, eu vou dar uns tiros nele! Pronto, agora que desabafei, é melhor eu ir né? Vai que ele aparece aqui enquanto eu... O quê?
--- O que você está fazendo aqui, Lucas?
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