Amor de Twitter
É incrível como o mundo gira, não
é? É... é... acho que vocês não entenderam nada! Deixa eu me
apresentar primeiro: Eu sou o Rodrigo, tenho 23 anos, trabalho com
assessoria de imprensa e... sou viciado em internet (redes sociais
principalmente). E entre essas preferências, está o Twitter, minha
rede social favorita. Ah, escrever em apenas 140 caracteres é muito
legal. Na minha opinião, a pessoa tem que ser muito “fera” (já
viram ou ouviram isso em algum lugar?). E foi no Twitter que conheci
minha amada, linda, maravilhosa, perfeita e dedicada (agora esposa)
Thainá. Será que eu exagerei nas qualidades? Não, faltam algumas
ainda... Mas enfim, esse é o primeiro texto que escrevo desde a
redação do Enem que me permitiu estudar Jornalismo, portanto, não
fiquem me zoando se alguma expressão não for bem dizida, ops, dita.
Thainá e eu nos conhecemos, digamos,
de uma forma meio estranha. Normalmente o povo fala que o Orkut, o
Facebook e o MSN formam vários casais, mas um casal (ah, lindo
casal!) saído direto do Twitter... Bem, costumamos falar que éramos
prometidos um para o outro. Me deu vontade rir agora me lembrando das
nossas conversas. Normalmente eu faria “kkkkk”, ou “rsrsrs”,
ou “hehehe”, ou “ushaushausha”, ou a preferida dela:
“HAHAHA”. Mas como isso é um texto formal eu colocarei um
discreto: (risos)
Na época em que eu tinha apenas uns
trinta e poucos mil seguidores (hoje tenho mais de quatro milhões e
já passei até a Lady Gaga) foi quando a conheci. Sei lá, meu
processo de “seguimento” (é assim que se fala?) de uma pessoa é
aleatório. As vezes acho interessante, com a ‘Bio’ bacana (para
quem não é tweeteiro, a ‘Bio’ é sua frase de apresentação) e
sigo. Quando encontrei a Thainá, a Bio dela estava mais ou menos
assim:
“Escritora, estudante de nutrição
e apaixonada por músicas e seriados”.
Pô! Na hora eu falei: - Achei a
mulher da minha vida. Deixa eu explicar:
- Escritora : quando jovem, eu também escrevia, tinha blog e tals... Com o tempo, fui ficando sem tempo (ham?) e tive que parar com meus escritos.
- Apaixonada por músicas e seriados: Nossa! Eu nunca vi duas pessoas tão parecidas como nós somos. Músicas e seriados fazem parte da minha vida até hoje. Inclusive, lembro aqui de vários papos que a gente teve sobre música envolvendo cantores como: Jason Mraz e Tiago Iorc e bandas como: Red Hot Chilli Peppers, Ultraje a Rigor, entre outros.
- Estudante de nutrição: Essa parte me fez perceber que eu nunca iria engordar com uma Nutricionista em casa (estou brincando, amor. Eu te amaria também se você fosse enfermeira...).
A gente se deu bem desde a primeira
conversa, só que havia um pequeno problema: ela morava no Paraná e
eu em Sampa (São Paulo para os cultos). Nada que um avião não
resolvesse. Com o tempo fomos descobrindo mais coisas em comum como
estilos musicais (ah, foi mal! Eu já falei esse), vontade de xingar
os outros e não poder, investidas nos(as) companheiros(as)
errados(as), etc.
A gene se tornou tão coisado
(desculpem, me fugiu a palavra) que sonhávamos um com o outro. Era
doideira! E isso foi na época em que eu escrevia e fiz vários
textos inspirados nela. Daí, comecei a chamá-la de “musa da
inspiração”. Nós riamos bastante...
Não sei se já estou escrevendo
demais. Se sim, to nem aí, o texto é meu!(risos). Se não,
continuarei a escrever mais um pouquinho. Agora preciso falar do
destino: quem acredita nele? Minha opinião não vale, apesar de não
tê-la. Continuando... Tínhamos os dois dezoito aninhos e chegava a
minha hora de prestar vestibular, ou o Enem, no caso. Estava disposto
a ir para qualquer lugar do Brasil em busca do meu sonho de ser
jornalista. É engraçado... Adivinha aonde eu fui parar? Alguém tem
dúvidas que foi direto no Paraná? Ha! Eu fiquei de boca abrida,
ops, aberta quando vi o resultado pela boa e velha internet. E como
se não bastasse, era na mesma faculdade que ela estudava. Bom,
depois dessa vou terminar por aqui...
--- Não! – Grita ela lá da sala
quando eu conto para ela. Termina aí, meu!
Ah, só porque ela pediu com carinho!
Me despedi dos meus queridos pai e mãe
(amo vocês também!) e parti. Nossa, quando eu contei isso para ela
no Twitter, ela ficou “mó” alegre e disse que assim que eu
tivesse um tempinho quando chegasse lá, ligasse para ela. Cheguei as
8h00 de algum dia aí que nem me lembro mais qual foi. Para a noite,
nós já havíamos marcado de comer Doritos e Coca-Cola. Foi
simplesmente demais. Aquele dia especial não sai da minha caixola
até hoje. A partir daí, começamos a nos ver com frequência na
faculdade e nos fins de semana pegávamos aquele cineminha básico
com Mc Donald’s na saída.
Não deu outra. Começamos a namorar
um mês depois (em conversas mais tarde, confessamos que gostávamos
mesmo um do outro e que nossos planos eram os mesmos). Daí para
frente é só alegria. Terminamos nossas graduações há três anos,
nos casamos... Peraí! Uma pausa na história para falar que a
lasanha que a mãe dela fez quando nos casamos era sensacional!
Inclusive me deu uma dor de barriga depois, mas isso não vem ao
caso...
Voltando à historia. Já tínhamos
uma graninha legal para bancar nossa casa e ainda contamos com a
ajuda dos nossos pais. No ano passado, me transferiram para trampar
(trabalhar para os cultos) no Rio de Janeiro e fomos obrigados a vir
para cá. Porém, nossa casinha está lá bonitinha e nas férias
vamos para lá. Ah, quem gosta muito de lá é nossa princesinha. Ela
adora!
E é isso aí. Hoje somos muito bem
loucamente casados, temos uma filha e (babem agora!) moramos em um
dúplex de frente à praia de Copacabana. Não era para humilhar,
juro!
Bom, quanto à parte que falei que não
escrevia desde a redação do Enem, era brincadeira, tá? Era só
para não falarem um monte se eu errase algumas expressões. Mas
depois que a Tha (acreditem, é a primeira vez que a chamo assim e
ela gostou) leu e aprovou, não tenho mais o que temer.
Chega, acho que já escrevi demais!
Agora me dá licença que eu preciso passear com meu pequeno cachorro
Pastor Alemão (o Capitão) ali na praia...
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