Um Halloween Inesquecível
Dia
30 de outubro e está quase tudo pronto para o Halloween na escola
Neverville, norte do Texas, Estados Unidos. Os alunos estão ansiosos
para a grande festa das “doçuras ou travessuras” que o diretor
novo preparou. O novo diretor é o Sr. Richard Gibb, um cara muito,
muito estranho com umas atitudes nada normais. Ninguém sabe o
porque, mas na sala dele tem sempre duas velas de sete dias acesas
(uma em cada ponta de sua mesa) e logo acima de sua cabeça, uma
bandeira preta com a estrela de seis pontas.
A
grande maioria das pessoas encaram o Halloween apenas como uma
festinha, uma data comemorativa. Mas essa data tem uma história que
poucos conhecem...
Reza
a lenda que o Halloween vem de muito tempo atrás, com os celtas
antigos que habitavam a Grã-Bretanha e a Irlanda. Na lua cheia mais
próxima de 1º de novembro, eles celebravam a festa de Samhain, que
significava “fim do verão”. Eles acreditavam que durante essa
celebração se abria a porta entre o mundo humano e o mundo
sobrenatural, e que os espíritos bons e ruins vagavam pela Terra.
Cria-se que as almas dos mortos voltavam aos lugares onde moravam em
vida e por isso as famílias separavam comidas e bebidas para seus
visitantes do além na
esperança de instaurar a paz entre eles. Com o passar do tempo, as
comidas e bebidas foram substituídos por doces e guloseimas que são
pedidos todo dia 31 de outubro pelas crianças eu nem sabem de onde
vem isso.
Richard
Gibb tinha uma razão para ser estranho: ele participava (na verdade
ele era líder) de uma seita que acreditava nessa lenda e que todos
os anos tentavam abrir esse portal, porém sem sucesso. A seita tinha
seus encontros, seus rituais macabros a só tinha um grupo
selecionadíssimo de treze pessoas que juraram, sob pena de morte,
ficarem em silêncio a respeito da seita / sociedade secreta. Após o
fracasso do último ano, eles intensificaram suas pesquisas e juraram
a si mesmos que se nesse ano não conseguissem abrir o portal,
colocariam um fim na sociedade. Não só na sociedade, mas em suas
próprias vidas. E após oito meses, suas fontes de pesquisa
revelaram o lugar onde seria abertura do portal. Neverville, esse era
o local. Pouca gente sabia, mas onde se situava a escola, antigamente
era o ponto de encontro de bruxos e bruxas que buscavam o encontro
com os espíritos.
Enfim,
31 de outubro. Durante o dia terminaram os preparativos para a grande
festa de Halloween: espalharam abóboras e tudo mais pelo pátio
descoberto do colégio e terminaram com o estranho pedido do diretor
Gibb: estenderam bem alto aquela bandeira com a estrela logo acima do
local onde ele faria o discurso de abertura da festa.
Começou
a escurecer e a galerinha foi chegando com suas abóboras e bolsinhas
vazias; ansiosas por enche-las. As 19h30 Gibb subiu no palanque. Ele
estava visivelmente tenso; o que todos estranharam, pois ele era
muito frio e nunca se apresentara daquele jeito. Disse algumas
palavras e terminou com algo inesperado:
--- Pessoal:
gincana! Quem conseguir mais doces ganha essa abóbora (levantou bem
alto uma abóbora gigante, de uma cor diferente e um brilho enorme
que ardeu os olhos dos alunos). Vão lá,corram e não esqueçam do
quê?
--- Doçuras ou
travessuras?! Gritou um coro de cerca de 400 alunos presentes.
Pronto,
tudo havia funcionado com planejado: ele já havia afastado todo
mundo dali. Pegou a abóbora “especial”, tirou de dentro alguma
coisa com uma luz muito forte. Abaixou a bandeira e, após colocá-la
no solo, colocou “a luz” bem no meio da estrela. E em cada ponta
colocou um objeto: um trevo, uma pedra, uma faca, um saquinho com
fios de cabelo, um livro de magia negra e ficou de joelhos sobre a
ponta que faltava. Os outros doze integrantes saíram de dentro da
escola e se juntaram a seu líder para começar o ritual. Deram as
mãos e gritaram em uma só voz:
Espíritos,
oh espíritos que pairam sobre um plano de nós; voltem! Voltem e
pratiquem todo o mal que vocês aguardam tantos anos para isso.
Chegou a hora!
Luzes
muito fortes começaram a brilhar diante deles, raios no céu,
barulhos estrondantes e ensurdecedores... De repente o portal se abre
e começa a sair os espíritos. Ouvem-se risadas maléficas por toda
parte e um vento muito forte fazemos voar para longe. Apenas um fica
estático: Richard Gibb.
Ele
abre os olhos e vê os espíritos rondando-o rapidamente enquanto um
deles começa a falar alguma coisa em uma língua não identificada
por ele. Aquele vento se torna um vento sugador e ele vê seus doze
escudeiros, um por um passando na frente dele e entrando no lugar de
onde saíram os espíritos; com eles passavam cadeiras, mesas e
demais objetos que estavam por perto. Agora ele está assustado, teme
ser o próximo. Mas tem o pensamento de que partiria com o dever
cumprido caso acontecesse algo com ele.
Somos
muito gratos por ter nos libertado, Richard Gibb. Mas não podemos
deixar aqui aquele que pode fechar o portal e nos mandar de volta
para aquele lugar onde passamos todos aqueles séculos.
Aquela
voz grossa e assustadora deveria ser a do chefão. Enquanto isso, o
resto da “trupe” espalhava o terror e a destruição em toda a
Terra, já que não encontravam suas comidas e bebidas que
antigamente eram deixadas para a paz.
De
repente algo mudou: toda aquela ânsia para abrir o portal, libertar
os espíritos...havia se tornado um pesadelo. Ele estava com medo,
mas era o único que poderia acabar com tudo aquilo. Era simples: só
precisava quebrar aquele objeto luminoso que estava no centro da
estrela. Aquilo era a chave; uma poção descoberta através do livro
de magia que também estava em uma das pontas.
Como
de súbito, pegou a faca e enfiou com toda a força no plástico onde
estava a poção, que vazou todinha na bandeira. Na mesma hora o
vento começou a sugar os espíritos para o lugar de onde vieram, até
mesmo aqueles que já iam longe... Gritos ensurdecedores se ouvia ali
no pátio do colégio Neverville.
Você
será o próximo! Disse novamente aquela voz
grossa.
Logo
depois o portal se fechou. Richard Gibb estava em pânico: “Você
será o próximo!”, “Você será o próximo!”. Aquilo
não saía da sua cabeça, o mundo dava voltas...
É verdade.
Disse ele de repente.
E
de repente pegou a faca e sem hesitar a inseriu lentamente no seu
estômago. Ele foi o próximo.
A
cidade inteira, o mundo inteiro estava em pânico, as pessoas não
sabiam o que fazer... Seria difícil explicar o que aconteceu naquela
noite de Halloween. Esquecer então? Jamais!
Este texto é impressionante do começo ao fim.
ResponderExcluirLi os outros posts desse blog, gostei.